Ansiedade: quando o futuro pesa no presente
- Edmilson Andrade
- 9 de abr.
- 1 min de leitura
Atualizado: 11 de abr.

Sentir ansiedade de vez em quando é natural! Especialmente diante de situações novas, importantes ou desafiadoras. Mas quando essa sensação começa a tomar conta dos dias, quando o corpo está sempre em alerta e a mente não consegue descansar, é sinal de que algo precisa de atenção.
A ansiedade pode se manifestar de muitas formas: coração acelerado, respiração curta, dificuldade para dormir, pensamentos repetitivos, tensão muscular, sensação constante de que algo ruim vai acontecer. Às vezes, ela aparece sem motivo aparente, o que pode gerar ainda mais angústia e confusão.
Na psicanálise, entendemos que a ansiedade nem sempre está ligada ao que está acontecendo no presente. Muitas vezes, ela diz respeito a conflitos inconscientes, medos que foram silenciados, exigências internas, cobranças excessivas, desejos que foram sufocados. A ansiedade, nesse sentido, pode ser um sinal de que há algo dentro de nós que precisa ser escutado.
Mais do que “aprender a controlar” a ansiedade, a proposta da análise é compreender de onde ela vem, o que ela representa na vida daquele sujeito, e como ela se liga à sua história. Quando a fala encontra espaço, o sintoma começa a perder força.
A escuta psicanalítica oferece um lugar onde o sujeito pode se expressar livremente, sem julgamento, abrindo caminho para que o sofrimento possa ser transformado — não por fórmulas prontas, mas a partir do que é singular em cada um.
Se sua mente não encontra descanso, talvez seja o momento de dar voz ao que tem tentado calar.


