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Luto e perda

  • Foto do escritor: Edmilson Andrade
    Edmilson Andrade
  • 9 de abr.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de abr.

velas

O luto é a experiência da perda de uma pessoa, de uma relação, de um lugar, de um tempo da vida. E embora, geralmente, seja associado à morte de alguém querido, o luto pode surgir sempre que perdemos algo que foi importante para nós.

Cada pessoa vive o luto de um jeito. Para alguns, ele aparece como uma tristeza profunda. Para outros, como um vazio, uma confusão, um torpor. Há quem chore muito, quem não consiga chorar, quem sinta raiva, culpa ou até alívio. Nenhuma dessas reações está “certa” ou “errada”. O luto não segue fórmulas, ele tem o ritmo de cada história, de cada vínculo.

Na nossa sociedade, muitas vezes somos pressionados a superar logo a dor, a “seguir em frente”, a “ser forte”. Mas o luto precisa de tempo. Tempo para sentir, para lembrar, para significar a ausência, para transformar o que foi perda em presença simbólica. O que se foi pode continuar existindo dentro de nós, de outro modo.

A psicanálise entende o luto como um processo psíquico profundo. Um trabalho interno que envolve reorganizar o mundo interno depois da perda. E, em alguns casos, quando esse trabalho se interrompe ou fica paralisado, o luto pode se tornar um sofrimento que se arrasta, se fecha, e impede a pessoa de retomar o movimento da vida.

Falar do luto, lembrar, nomear a dor, sustentar a ausência — tudo isso pode ser parte de um caminho possível de elaboração. O espaço analítico oferece uma escuta atenta, sem pressa, sem julgamentos, onde o sujeito pode, pouco a pouco, dar novos sentidos à perda vivida.


Se a dor da perda tem pesado demais, talvez seja hora de acolher o que ficou em silêncio.



 
 
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